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Mulher é condenada a mais de 17 anos de prisão por envenenar e esquartejar o marido em MS

Aparecida Graciano de Souza foi condenada a 17 anos e 4 meses de prisão pelo assassinato do marido, Antônio Ricardo Cantarin, de 63 anos, crime ocorrido em maio de 2023, em Selvíria. O julgamento foi realizado nesta quarta-feira (11), no Fórum de Três Lagoas, sob presidência do juiz Rodrigo Pedrini, da 1ª Vara Criminal.

Segundo a acusação, o crime foi premeditado. Durante o julgamento, o Ministério Público, representado pelo promotor Luciano Anechini Lara Leite e pelo assistente de acusação Elton Vinícius Barbosa Santiago, apresentou um vídeo no qual Aparecida confessa o homicídio em depoimento à Polícia Civil, detalhando como envenenou e esquartejou o companheiro. Ela foi presa quatro dias após o crime.

De acordo com a promotoria, o motivo seria o fato de que a vítima, dias antes de morrer, teria manifestado a intenção de deixar Aparecida e devolver o imóvel onde o casal vivia, além de acusá-la de se apropriar de seu dinheiro. O estado de saúde de Antônio, que era debilitado em razão das sequelas de um AVC, também foi mencionado como fator que agravou a vulnerabilidade da vítima.

A defesa de Aparecida argumentou que ela vivia um relacionamento abusivo e agiu movida por forte emoção. Em depoimento prestado apenas à defesa, a ré alegou ter sido vítima de abusos sexuais constantes, especialmente quando estava embriagada. A defesa também citou um suposto histórico de abuso envolvendo uma neta de criação da vítima, caso que teria sido arquivado após a morte de Antônio.

Durante o júri, Aparecida chorou e demonstrou arrependimento. No entanto, ao longo da investigação, seu comportamento foi descrito como frio e pouco emotivo. Segundo o delegado Felipe Rocha, responsável pelo caso, a mulher alegou estar “cansada de cuidar” do marido e afirmou que o envenenou com veneno para ratos antes de esquartejá-lo.

O juiz sentenciou Aparecida por homicídio triplamente qualificado — por motivo torpe, uso de veneno e impossibilidade de defesa da vítima — e ocultação de cadáver. A pena total foi fixada em 17 anos e 10 dias de reclusão, além de pagamento de multa.

Relembre o caso

O crime veio à tona no fim de maio de 2023, quando um homem encontrou uma mala com restos mortais às margens de uma rodovia. Dentro da bagagem, a polícia encontrou apenas o tronco da vítima. A partir de informações de vizinhos, a polícia chegou até Aparecida, que inicialmente negou envolvimento, mas acabou confessando o assassinato durante o interrogatório. (J.B)

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