Redação –
A Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) se manifestou oficialmente sobre a denúncia de importunação sexual envolvendo estudantes do curso de Medicina, ocorrida na noite do dia 9 de junho de 2025. A Reitoria informou que, desde que tomou conhecimento do caso, no dia seguinte (10), adotou uma série de medidas istrativas, com o objetivo de preservar a integridade das vítimas e garantir a apuração rigorosa dos fatos.
Entre as providências já adotadas, está o afastamento preventivo da professora acusada, formalizado por meio da Portaria nº 370/2025, publicada no Boletim Oficial da instituição. A medida, de natureza cautelar e não punitiva, visa resguardar os envolvidos até a conclusão da investigação. Simultaneamente, a UFGD também mobilizou sua Corregedoria e a Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio (EA) para oferecer acolhimento psicossocial às estudantes, com escuta qualificada e apoio institucional.
A Universidade ainda esclareceu que a realização de avaliações fora do ambiente acadêmico — como na residência da professora, conforme mencionado na denúncia — não possui respaldo institucional e será investigada. Um Processo istrativo Disciplinar (PAD), com caráter sigiloso, já foi instaurado para apurar possíveis irregularidades, respeitando o direito à ampla defesa da servidora. A UFGD também destacou os canais de denúncia disponíveis à comunidade acadêmica, como a Ouvidoria Geral e a Ouvidoria da Mulher e da Diversidade, criadas para garantir atendimento especializado e seguro às vítimas.
Veja a nota de esclarecimento:
A Reitoria da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD) vem a público prestar informações sobre as ações realizadas diante da denúncia de importunação sexual envolvendo estudantes de Medicina na noite do dia 9 de junho de 2025.
As providências internas tiveram início assim que a UFGD tomou conhecimento do caso, no dia 10 de junho de 2025. Entre essas providências, a Reitoria da UFGD realizou o afastamento, por tempo indeterminado, da professora acusada na denúncia de importunação sexual, por meio da Portaria nº 370 de 10/06/2025, publicada por volta das 13h, no Boletim Oficial de Atos istrativos da UFGD, nº 6469.
Esse afastamento foi informado pela Corregedoria da UFGD para as chefias da servidora no Hospital Universitário, na Faculdade de Ciências da Saúde (FCS) e na Pró-reitoria de Gestão de Pessoas, e é uma medida preventiva que tem natureza acautelatória e não punitiva, com o objetivo de proteger os envolvidos no caso.
Entre as providências internas, destaca-se que o acolhimento às vítimas foi a primeira medida tomada pela Corregedoria, que integra a Comissão de Prevenção e Enfrentamento ao Assédio (EA), incluindo o oferecimento de apoio psicossocial e demais atendimentos às necessidades das acadêmicas, com escuta qualificada e a tomada de medidas para a minimização de danos acadêmicos.
Em relação à aplicação de avaliações na residência da professora e fora dos espaços determinados pela Universidade, a UFGD esclarece que esse tipo de conduta não faz parte dos procedimentos regimentais da instituição. Qualquer atividade docente realizada nesses moldes não tem respaldo institucional, será devidamente investigada e, caso confirmada, será ível de punição conforme as normas vigentes.
Informamos ainda que o Processo istrativo Disciplinar (PAD), que tem caráter sigiloso, já foi instaurado pela instituição e será responsável por apurar possíveis irregularidades e, se confirmadas, aplicar as penalidades cabíveis. A apuração é conduzida por uma comissão designada, que reúne evidências, escuta depoimentos e garante ao servidor investigado o direito à ampla defesa e ao acompanhamento por um advogado.
Ao final da investigação, a comissão elabora um parecer detalhado com as conclusões sobre a conduta e a eventual responsabilidade do servidor. Esse parecer é encaminhado à autoridade competente (reitor), que analisará as informações e decidirá sobre a aplicação das penalidades, que podem variar conforme a gravidade da falta e incluem advertência, suspensão ou demissão.
Quando os estudantes perceberem métodos irregulares ou demais ações equivocadas dos professores, a Ouvidoria é o setor responsável por receber reclamações, sugestões, denúncias, solicitações e elogios dos usuários dos serviços públicos prestados pela UFGD. A principal ferramenta para o registro das manifestações do público, assim como acontece na maioria das instituições públicas brasileiras, é a plataforma Fala.br.
Além dela, desde novembro de 2023, a UFGD possui a Ouvidoria da Mulher e da Diversidade, oferecendo a oportunidade das mulheres, ou qualquer pessoa que assim desejar, de receber atendimento e acolhimento especializado de uma mulher. Para isso foram criados o e-mail [email protected] e o WhatsApp (99182-0347), aos quais apenas as mulheres da Ouvidoria possuem o, preservando ainda mais a identificação da vítima. A Ouvidoria também conta com a presença constante de, pelo menos, uma mulher para fazer o acolhimento presencial ou através do telefone institucional.